terça-feira, 11 de dezembro de 2012

XI CELEBRAI COM JUBILO AO SENHOR

Grupo de Oração Coração Sobre BrasasemGrupo de Oração Coração Sobre Brasas
A paz amados irmãos em Cristo.Dia 22 de dezembro, o Grupo de Oração Coração Sobre Brasas estará realizando o "XI Celebrai com Júbilo ao Senhor", que este ano tem como tema: "Ao Cordeiro louvor, honra, glória e poder pelos séculos dos séculos" Ap. 5, 13.Haverá apresentações dos Ministérios de Música da RCC-AP, danças e muito mais.Iniciamos com a Celebração às 18h, na Igreja Santa Clara, Avenida Cereja, 830 - Brasil Novo, uma rua após o terminal de ônibus.Todos estão convidados a vir prestigiar conosco este momento maravilhoso.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Creio na Igreja Católica

Creio na Igreja Católica -
\"Fora da Igreja não há salvação\"
   
       O Mistério Sagrado da Unidade da Igreja   A Igreja é una pela sua fonte: “Deste mistério, o modelo supremo e o princípio é a unidade de um só Deus na Trindade de Pessoas, Pai e Filho e Espírito Santo”. A Igreja é una pelo seu Fundador: “Pois o próprio Filho encarnado, príncipe da paz, por sua cruz reconciliou todos os homens com Deus, restabelecendo a união de todos em um só Povo, em um só Corpo”. A Igreja é una pela sua “alma”: “O Espírito Santo que habita nos crentes, que plenifica e rege toda a Igreja, realiza esta admirável comunhão dos fiéis e os une tão intimamente em Cristo, que ele é o principio de Unidade da Igreja”(CIC Nº 813). “Que estupendo mistério! Há um único Pai do universo, um único Logos do universo e também um único Espírito Santo, idêntico em todo lugar, há também uma única virgem que se tornou mãe, e me agrada chamá-la Igreja” afirma São Clemente de Alexandria (C.155 – C.225).   “A única Igreja de Cristo, ... é aquela que nosso Salvador, depois da sua Ressurreição, entregou a Pedro para apascentar e confiou a ele e aos demais Apóstolos para propagá-la e regê-la ... Esta Igreja, constituída e Organizada neste mundo como uma sociedade, subiste (subsistit in) na Igreja Católica governada pelo sucessor de Pedro e pelos Bispos em comunhão com ele” (CIC Nº 816). O Decreto sobre o Ecumenismo, do Concilio Vaticano II, explicita: “Pois somente através da Igreja Católica de Cristo, ‘auxílio geral de salvação’, pode ser atingida toda a plenitude dos meios de salvação. Cremos que o Senhor confiou todos os bens do Novo Testamento ao único Colégio Apostólico, à cuja cabeça está Pedro, a fim de constituir na terra um só Corpo de Cristo, ao qual é necessário que se incorporem plenamente todos os que, de alguma forma, Já pertencem ao Povo de Deus” (UR, 3).
                A Igreja é Santa
        Para entender a santidade da Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo, devemos examinar a Igreja em seus dois aspectos inseparáveis: enquanto é divina, a Igreja é imaculada, indefectível, infalível, imutável, perfeita; enquanto é humana, a Igreja muda, evolui e cresce, e pode apresentar imperfeições passageiras por causa dos homens que a forma. Um sacerdote, um bispo e até um papa podem descuidar de seus deveres, mas isto não impede que a Esposa de Cristo, a Igreja, continue sempre santa, imaculada, gloriosa e irrepreensível em seu aspecto divino. A Santa Igreja de Deus foi, é e será santa sempre em razão:

                1) de sua alma que é o próprio Espírito Santo (Mt 3,11;28,19; At 2,4; Ef 1,13.14).
                2) de sua cabeça que é Cristo, o santo dos santos (Cl 1,18; Ap1,13-18).
                3) de seu fim que consiste na sua santificação das almas (1 Cor 1,2; Ef 1,2-4; Cl 3,12; 1 Tess 4,3; 1 Pd 1,15-16).
                4) de seus meios que são sua doutrina, sua moral, seu culto, seus sacramentos, seu sacrifício Eucarístico em que se oferece continuamente a Deus Pai “uma hóstia pura, santa imaculada (Jo 6,53-58;15,12-14)”.
                5) de muitos de seus membros que são santos: seus pobres de espírito, seus mansos, seus aflitos, seus justos, seus misericordiosos, seus apuros de coração, seus pacificadores, seus perseguidos por causa da justiça, isto é, seus inumeráveis santos e mártires (canonizados ou anônimos) de ontem e de hoje.
                A Igreja é o Corpo de Cristo e é santificado por Ele mesmo; e, por Ele e nele torna-se santificante. “O Concílio Vaticano II nos ensina que todas as obras da Igreja tendem para a “santificação dos homens em Cristo e a glorificação de Deus” (SC, 10), porque na Igreja está depositada “a plenitude dos meios da salvação” (UR, 3). É portanto na Igreja, que “adquirimos a santidade pela graça de Deus, (LG, 48)”. Nós sabemos que a Igreja é santa e perfeita, todavia, seus filhos são pecadores e imperfeitos. Os inimigos da Igreja não sabem distinguir uma da outra. Quando seus filhos erram, a Santa Madre Igreja recebe ofensas terríveis. Será que os críticos não sabem que o médico pode errar, mas não a medicina. O soldado pode ser indisciplinado, mas não todo o quartel. O parlamentar pode ser corrupto, mas não todo o Congresso. Atentemos para a magistral explicação do insigne teólogo Dom Estêvão Bettencourt, OSB: Nos últimos decênios tem sido transposto para a Igreja o título de “simultaneamente santa e pecadora”. Chegam mesmo a designá-la como “a casta meretriz”.
                No que concerne à Igreja, é necessário distinguir entre a pessoa e o pessoal da Igreja. Pessoa da Igreja é o elemento estável e santo que ela contém como Esposa de Cristo “sem mancha nem ruga” (Ef 5, 25-27). Como Corpo de Cristo, vivificado pela indefectível presença de Cristo, a Igreja conserva uma santidade imperecível. Ela é a mãe de filhos, que são o seu pessoal. Estes são pecadores, de modo que introduzem o pecado na Igreja, que os carrega procurando dar-lhes o remédio necessário. Observe-se bem que o Papa João Paulo II, ao pedir perdão, nunca o pediu para a Igreja, mas sempre para os filhos ou o pessoal da Igreja. A expressão “casta meretriz” é imprópria, porque consta de um substantivo sinistro e de um adjetivo alvissareiro; a Igreja seria substancialmente pecadora e acidentalmente ou ocasionalmente santa – o que é falso, ela é substancialmente santa e acidentalmente portadora do pecado de seus filhos. Analisando essa ambígua realidade, podia o Papa Pio XII escrever em 1943:
                “Nada se pode conceber de mais glorioso, mais nobre, mais honroso do que pertencer à Igreja Santa, Católica, Apostólica e Romana, pela qual nos tornamos membros de um Corpo tão santo, somos dirigidos por um chefe tão sublime, somos penetrados por um único Espírito Divino; enfim somos alimentados neste exílio terrestre por uma só doutrina e um só Pão celeste, até que finalmente tomemos parte na única e eterna bem aventurados celeste’ ( Pio XII – Mystici Corporis Christi nº 90 – 29/06/1943)”. (1).
O Nosso Testemunho
         Está escrito na Epístola aos Hebreus: “Portanto, também nós com tal nuvem de testemunho ao nosso redor, rejeitando todo fardo e o pecado que nos envolve, corramos com perseverança para o certame que nos é proposto, com os olhos fixos naquele que é o autor e realizador da fé, Jesus” (Hb 12,1-2).  Rejeitando rigorosamente o pecado procuremos com todos o ardor do nosso coração a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor (Hb 12,14). O verdadeiro testemunho do cristão é a sua santidade. Longe dos Cristãos cardos e espinhosos para não fazer sangrar o Corpo de Cristo. Não sejamos pedras de tropeços e de escândalos a ninguém. Corramos com os olhos fixos em Cristo, para que sejamos trigo e ovelhas no pasto do santo Pastor. Já exortava o bispo de Cartago, São Cipriano: “O fato de brotarem no seio da Igreja cardos e espinhos não deve abalar a nossa fé, nem arrefecer a nossa caridade, afastando-nos também da Igreja. O que devemos é esforçar-nos mais e mais para sermos trigos e para nos tornarmos mais e mais fecundos com o nosso trabalho” (Ad Cornelium, Ep. 51). Afirmação monumental do Papa João Paulo II: “A santidade na Igreja deve ser a regra, não a exceção. A Igreja é a ‘casa da santidade’ e a caridade de Cristo efundida pelo Espírito Santo, constitui a sua alma” (2). Em outra ocasião o Papa Peregrino disse esplendidamente: “A santidade é a força mais poderosa para levar o Cristo, aos corações dos homens” (LR, Nº24, 14/06/06 / 1992, p.22 [338]. “Que o digam os santos”. Estes moveram e movem multidões para o bom Deus pelo grandioso poder de sua santidade. Não temos dúvidas, que a santidade e a caridade são ferramentas colossais na obra de evangelização. “O Brasil precisa de santos, de muitos santos”, disse João Paulo II.
Ensina o Catecismo
        “ A Igreja... é, aos olhos da fé, indefectivelmente santa. Pois Cristo, Filho de Deus, que com o Pai e o Espírito Santo é proclamado o ‘único Santo’, amou a Igreja como sua Esposa. Por ela se entregou com o fim de santificá-la. Uniu-a si como seu corpo e cumulou-a com o dom do Espírito Santo, para a glória de Deus”. A Igreja é, portanto, “o Povo santo de Deus”, e seus membros são chamados “santos” (CIC Nº 823). A Igreja, unida a Cristo, é santificada por Ele; por Ele e nele torna-se também santificante. Todas as obras da Igreja tendem, como a seu fim, “à santificação dos homens em Cristo e à glorificação de Deus”. É na Igreja que está depositada “a plenitude dos meios de salvação”. É nela que “adquirimos a santidade pela graça de Deus” (CIC Nº 824).  Ensina de maneira magnífica a Doutora da Ciência do Amor, Santa Teresinha do Menino Jesus (1873 – 1897): “Compreendi que a Igreja tinha um corpo, composto de diferentes membros, não lhe faltava o membro mais nobre e mais necessário. Compreendi que a Igreja tinha um coração, e que este Coração ARDIA de AMOR. Compreendi que só o amor fazia os membros da Igreja agirem, que se o Amor viesse a se apagar, os Apóstolos não anunciariam mais o Evangelho, os Mártires se recusariam a derramar seu sangue... Compreendei que O AMOR ENCERRAVA TODAS AS VOCAÇÕES, QUE O AMOR ERA TUDO, QUE ELE ABRAÇAVA TODOS OS TEMPOS E TODOS OS LUGARES... EM UMA PALAVRA, QUE ELE É ETERNO!” (CIC Nº 826).

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

A música ‘Jesus é o Senhor’ é tocada em todo o Brasil


Desde que foi disponibilizada gratuitamente no Portal, a música tema do XXVIII Congresso Nacional da RCC Brasil já embala grupos de oração e programas de Rádio e TV, chegando à internet. Já houve cerca de seis mil downloads e alastrou-se nas caixas de e-mail, através de compartilhamento entre carismáticos de todo o Brasil.
A música faz parte do CD especialmente produzido em ocasião ao Congresso Nacional deste ano. Além da música “Jesus é o Senhor”, cantada muitas vezes durante o evento, o CD contém orações sobre o Senhorio de Jesus, conduzidas por lideranças do movimento, como Marcos Volcan, Lázaro Praxedes, Márcio Zolin, Ironi Spuldaro e Beatriz Vargas. Há também um ensino ministrado por Reinaldo Beserra dos Reis.
Escute a oração conduzida por Lázaro Praxedes no CD “Jesus é o Senhor”
Click aki e escute  http://www.rccbrasil.org.br/adm/editor/editor/filemanager/connectors/php/audio_lazaro_Faixa_3(1).mp3

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

'Cristo não fez aliança com fariseus', diz CNBB sobre declaração de Lula A jornal, presidente disse que Cristo teria de se aliar a Judas no Brasil. Dom Dimas comentou frase e defendeu aprovação do projeto da ficha suja.

Ao comentar as declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta quinta-feira (22), de que "Cristo teria de se aliar a Judas para governar o Brasil", o secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Dimas Lara Barbosa, lembrou que "Cristo não fez alianças com fariseus".

Para dom Dimas, fariseus são "pessoas que parecem uma coisa por fora, mas por dentro são outra". "Sem dúvida, Judas foi um dos discípulos de Cristo. Mas quero lembrar que Cristo não fez aliança com fariseus e saduceus", disse dom Dimas.

Antes de responder, no entanto, Dimas brincou ao saber do comentário de Lula: "Nossa, a coisa está tão ruim assim?"

Definido tema para a Renovação Carismática Católica do Brasil em 2010



"Proclama a Palavra, anuncia a Boa Notícia!". Inspirado em I Timóteo 4, 1-5, este é o tema geral para todas as atividades e também o tema específico do Congresso Nacional deste ano.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Religião e Lavagem Cerebral - Técnicas de persuasão utilizadas por seitas religiosas

Muitas vezes, somos surpreendidos por notícias de que adeptos de determinada seita religiosa cometeram suicídio coletivo ou que são conduzidos a desfazer-se de seus bens, renegarem suas famílias, odiar minorias e perseguir membros de outras denominações religiosas. Ou ainda, eleger um credo religioso como inimigo de suas crenças - em geral, o catolicismo. Em todos esses doentios desvios de comportamento está um componente perigoso quando usado para subjugar a consciência individual: a doutrinação religiosa, que é o primeiro degrau do fanatismo.


Todo o processo de doutrinação dessas seitas é, em grande parte, dirigido por técnicas de persuasão que já estão diretamente ligadas à forma de conquistar as pessoas alcançadas por sua mensagem e, principalmente, manter sob controle os seus adeptos, de tal forma que, mesmo inconscientemente, tais técnicas já fazem parte da identidade dessas organizações.

Em se tratando do Brasil, que se tornou um verdadeiro paraíso para a disseminação de novas seitas a cada dia, os fundadores dessas seitas levam para suas denominações toda a ideologia persuasiva dos credos dos quais se desligaram, formando um ciclo vicioso de persuasão e fanatismo. São fanáticos que geram mais fanáticos, que por sua vez produzem mais e mais fanáticos.

Entre as técnicas existentes, as mais comuns são:

1. Uso de Estereótipos (generalizações)

2. Substituição de Nomes

3. Seleção e Indução



4. Distorções e Falsidade

5. Repetição



6. Escolha de Um Inimigo


7. A Doutrina do Medo

O Exorcismo de Emily Rose – Crítica do Filme

O filme “O Exorcismo de Emily Rose” (2005 - Sony Pictures), lançado desde setembro de 2005 nos EUA e Europa, mas apenas recentemente lançado no Brasil vem atraindo a atenção do grande público e lotado salas de cinema em todo país. O filme relata a história de uma jovem que se acreditava possuída pelo demônio.  Mais uma vez o tema é um sucesso de bilheteria, o que revela que o público sente-se especialmente atraído pelo assunto, mesmo quando o tema já teve seu formato desgastado pelas péssimas seqüências de ícones do gênero como “O Exorcista” e “Terror em Amityville”, o primeiro, por sinal, baseado num exorcismo real em um garoto de 14 anos, ocorrido na década de 40, num subúrbio de Washington nos EUA. “O Exorcista” foi até hoje o único filme de terror a ser indicado a um Oscar de melhor filme, se é que o gênero terror se aplique a ele.

Ao invés de repetir a fórmula desastrada das seqüências dos filmes citados - seqüências essas cheias de efeitos especiais baratos, estórias desconexas e sustos bobos – “O Exorcismo de Emily Rose” procura ater-se a uma realidade muito mais factível e esse é talvez seu grande mérito. O filme é um típico romance de tribunal, com advogados hora heróis hora vilões, um juiz carrancudo, reviravoltas, discursos heróicos e tudo mais desse gênero que está para os americanos como as novelas estão para os brasileiros. O filme baseia-se numa história real, entretanto, reflete apenas uma pequena parte dos fatos que inspiraram o roteiro. Os nomes foram modificados, o lugar dos acontecimentos e seus desdobramentos, mas o essencial da questão permaneceu inalterado com toda a sua controvérsia, só que auxiliada por outros elementos que a tornam mais emblemática. Entre eles, a contraposição entre ciência e fé.

A verdadeira protagonista da história chamava-se Anneliese Michel, uma jovem alemã de família católica, que desde os 15 anos começou a manifestar mais fortemente sintomas e comportamentos que mais tarde seriam atribuídos a uma possessão demoníaca, mas que os médicos diagnosticaram como epilepsia aliada a um quadro aparente de esquizofrenia. A jovem, na época, passou por uma série de exames e deu início a um tratamento médico longo e penoso, que não surtindo efeitos, foi substituído, a pedido da própria Anneliese e de seus pais, por acompanhamento religioso. A jovem dizia ver demônios e ter seu corpo subjugado por eles, além de escutar vozes assustadoras.

Em 1976 a diocese local, já provida das evidências de que a jovem não sofria de uma doença mental, autorizou o exorcismo observando o contido no Direito Canônico, [ cf. Cic, can. 1172]. Os 67 exorcismos realizados ao longo de 9 meses fracassaram, e a jovem, por motivação própria, resolveu não mais ser exorcizada, atribuindo essa decisão a uma aparição da Virgem Maria, que lhe teria oferecido a libertação, mas que a deixaria livre à opção do martírio se assim desejasse. Anneliese optou pelo martírio voluntário, alegando que seu exemplo enquanto possessa serviria de aviso a toda a humanidade de que o demônio existe e que nos ronda a todos, e que trabalhar pela própria salvação deve ser uma meta sempre presente. Ela afirmava que muitas pessoas diziam que Deus está morto, que haviam perdido a fé, então ela, com seu exemplo, lhes mostraria que o demônio age, e independe da fé das pessoas para isso.

Na história real, após a morte de Anneliese em 01/07/1976, aos 23 anos (por inanição e falência múltipla dos órgãos - o jovem morreu pesando pouco mais de 30kg), seus pais foram indiciados por homicídio culposo e omissão de socorro, e os dois padres exorcistas Ernst Alt e Arnold Renz sofreram as mesmas acusações. Os dois padres foram condenados a seis meses de prisão. Esse fato chocou a opinião pública alemã, gerando uma enorme polêmica em toda a Europa, que incluiu a Igreja, os meios acadêmicos e a justiça em torno da mesma discussão.  Não demorou até que o túmulo de Anneliese Michel se tornasse um local de peregrinação, e assim o é até hoje.

Diante da pressão dos meios de comunicação, que acusavam a Igreja de práticas medievais em pleno século XX, das dúvidas que cercaram todo o processo, além da enorme polêmica, a conferência episcopal alemã reformou a decisão da diocese de Klingenberg, que autorizou o exorcismo, e declarou que Anneliese Michel jamais fora uma possessa. Essa decisão foi recebida como uma atitude de autopreservação por parte da Igreja local, e só fez aumentar a polêmica em torno do fato.

Antes da filmagem de “O Exorcismo de Emily Rose”, outro filme já havia contado a história de Anneliese Michel: “Réquiem”, produzido e falado em alemão, muito mais fiel à verdade dos fatos, mas que ficou circunscrito apenas àquela parte do mundo.

“O Exorcismo de Emily Rose”, como qualquer produção americana, cerca a estória central com elementos alegóricos acessórios que lhe dêem sustentação e prenda a atenção do espectador, coisa que o filme faz com maestria. Mas independentemente da distância dos fatos reais, “O Exorcismo de Emily Rose” não violenta ou invalida o tema central de trama, apenas a reescreve sob outras luzes. O filme, muito embora possa frustrar aqueles que esperam um espetáculo aterrorizante, típico de filmes "B" para adolescentes,  tem o mérito de fazer uma análise bem estruturada da questão ao confrontar as noções modernas a respeito da existência do demônio sob várias óticas, principalmente a ótica médico-psiquiátrica, a parapsicologia, e o aspecto moral, ético e religioso da questão. Todos os elementos do filme conduzem a uma reflexão final surpreendente, e ao mesmo tempo perturbadora.

Por fim, o filme tem um elenco de primeira, com Laura Linney e o excelente ator britânico Tom Wilkinson. Muito embora haja cenas fortes, perto de “O Exorcista”, “O Exorcismo de Emily Rose” chega a ser um filme leve. O filme consegue ser vitorioso em fazer com que o espectador pense por um momento, reflita nem que seja por um átimo acerca dessa realidade sobrenatural que é a existência e a ação do demônio, o que torna o filme bastante franco em sua mensagem, e até mesmo surpreendente em se tratando de cinema americano, que muitas vezes consegue ser acéfalo.

Minha recomendação é que você assista ao filme. Será uma ótima oportunidade para pensar a questão. O filme termina com uma imagem que sugere  a esperança após o reencontro com a fé. Mas quanto a ação do demônio, o filme deixa nítido ainda que a realidade é bem pior, e a verdade ainda mais crua, mas ainda assim, será a verdade. Bastará sair do cinema e abrir um jornal para ver o quanto as verdades que o filme encerra podem estar próximas de todos nós

COM QUE FREQUENCIA VOCÊ LÊ A BIBLIA?